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E quando a hora da refeição deixa de ser um momento de prazer e se torna num drama?

Comer, é uma de tantas outras competências que exige um processo de aprendizagem, que passa pela alimentação com a ajuda do adulto até à capacidade de comer sozinho. Contudo, nem sempre este momento é tão prazeroso como deveria ser, uma vez que nem todas as crianças reagem de forma positiva a este estímulo, tornando-se num drama, tanto para a criança, como para o cuidador.

 

Para ajudar a tornar a hora da refeição um momento mais agradável, existem algumas dicas que os cuidadores devem ter em atenção:

* a hora da refeição deverá ser um momento em que toda a família se senta à mesa, partilhando experiências e fornecendo o exemplo da correta forma de alimentação;

 

* os cuidadores devem deixar as crianças explorarem a comida com as mãos, até estas conseguirem comer de faca e garfo. Desta forma, os mais pequenos vão descobrir as diferentes texturas, cores e cheiros dos alimentos, despertanto a sua curiosidade e vontade de os provar;

 

* não insistir na prova de um alimento após a primeira recusa. Tente apresentá-lo de forma diferente para que a criança sinta vontade de o comer;


* apresente os alimentos de forma criativa e diversificada, tornando-os, assim, mais atrativos. Pode, ainda, inventar histórias acerca dos alimentos que a criança menos aprecia de forma a estimular a criança a querer experimentar;

 

* não oferecer uma recompensa para que a criança coma. A criança deve perceber que a alimentação é essencial e não que serve apenas para conseguir algo que quer.

Contudo, existem alguns sinais que podem demonstrar que o desenvolvimento desta competência não está a decorrer dentro do esperado, nomeadamente:

 

* alterações significativas de peso;

 

* problemas em respirar ou presença de engasgos enquanto come ou bebe;

 

* choro excessivo na hora da refeição;

 

* baba ou escape de alimento/liquido pela boca;

 

* dificuldade na mastigação e/ou deglutição de alimentos;

 

* ingestão de pouca variedade de alimentos;

 

* recusa constante de alimentos de determinada textura, temperatura ou sabor;

 

 

Se identificar frequentemente um ou mais destes comportamentos na hora da refeição, procure uma avaliação com um terapeuta da fala, de forma identificar e diagnosticar as perturbações da alimentação de forma precoce.

 

As perturbações da alimentação podem levar a problemas no desenvolvimento oral, com implicações ao nível da comunicação e da fala, obesidade, alergias alimentares, entre outras.

Autor: Ana Maria Silva, Terapeuta da Fala

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